Acordaram de uma “noite” mal dormida. Fracos e desanimados, com a ressaca de um combate que resultou na morte do companheiro Parrimple. Emil, o camponês arqueiro, tentou convencê-los a sair do castelo, mas recusaram e voltaram pelo o mesmo caminho de onde vieram.
Atravessaram a sala de tortura e seguiram o corredor até o final, passando pelas celas alagadas, chegando a uma escada em espiral que subia. No primeiro platô avistaram um corredor com portas, mas decidiram continuar. Tochas ainda acesas iluminavam parcamente o caminho, levando-os para o segundo platô. Lá, apenas uma porta a frente e resolveram averiguar.
Em uma rápida conversa o grupo resolveu abrir-la e entrar sem pensar, enfrentando o que estivesse dentro. Jorska virou a maçaneta, estava destrancada. A tensão era grande. Sanmar e Jorska puderam avistar um homem sentado a uma escrivaninha usando um colete de correntes, aparentemente desarmado, entretido com escritos. Em volta dele, paradas de pé formando um triângulo, três figuras esqueléticas encapuzadas o olhavam fixamente, aguardando algo.
Sanmar e Ireena entraram. Jorska jogou uma pedra de silêncio sobre a mesa. Os inimigos foram pegos de surpresa, e antes que pudessem ter alguma reação, a lâmina de Sanmar desceu sobre a cabeça de uma das aberrações, mas não forte o suficiente para destruí-la. O Escrivão tentou dar um comando de ataque para seus comparsas mortos-vivos, mas foi impedido pelo silêncio ensurdecedor que pairava na sala. Ele não se deu por vencido. Sacou de baixo da mesa uma greatsword, indo na direção de Sanmar, ignorando Ireena.
O combate se desenrolava ferozmente dentro do cômodo. Emil, Ligedas e Jorska, fora da sala, lançavam suas magias e flechas. Mísseis Mágicos cruzavam o ar, explodindo no peito dos servos do mal. Após algum tempo Ligedas e seu sabre mágico se juntaram aos guerreiros no confronto direto. Dois dos esqueletos morreram rapidamente. O último correu para uma porta que se encontrava na direção oposta. Ireena e Sanmar, tentando de todas as maneiras destruir o líder do grupo, ficaram impossibilitados de impedir a fuga. Essa tarefa coube a Lígedas. O Elfo negro passou velozmente para o outro recinto bloqueando a porta e impedindo a saída da criatura, um grave erro!
Em um grande salão de baile o Lorde do Castelo esperava pacientemente sentado em seu trono. Ele pôde ver claramente quando o Anunciado passou pela porta, e Lígedas ainda sem notar sua presença. Quando Ligedas se deu conta era tarde de mais, estava frente a frente com Strahd, sozinho!
Apesar da surpresa, o Jovem agiu rápido levantando seu Cajado amaldiçoado, declarando sem medo: “Agora somos apenas nós dois Strahd.... MILLIKIII!!!”. Como acontecera outras vezes, a magia simplesmente falhou. Strahd contra-atacou emanando uma energia negra que atingiu Ligedas em cheio, ferindo-o gravemente e acabando com parte de seus poderes.
No escritório empoeirado, do grupo ainda absorto no combate, apenas Jorska e Ireena perceberam a movimentação do Druida. Emil finalizou o único inimigo humano com um tiro preciso. O Cigano matou o último esqueleto e a Guerreira pode passar livremente para ajudar o companheiro de batalha.
Incitada pelo ódio, com a Cleanser na mão e carregando a pedra de silêncio, correu na direção do Vampiro. Esse sentimento foi rapidamente trocado por uma súbita paixão. Sob o encantamento de Strahd não era mais capaz de fazer mal ao seu amado.O Lorde levantou a mão, seu anel mágico brilhou e a respiração ofegante de todos podia ser ouvida novamente
- "Amadores." - ele disse.
Sanmar, escondido atrás da parede, aguardava a cura de Jorska para entrar na luta. Emil se colocou na lateral do trono com arco na mão, uma posição perfeita, mas nenhuma flecha foi disparada.
Estavam num beco sem saída. Num momento de fraqueza Lígedas cedeu à tentação do Cajado. Levantou-o diante de seu rosto, e olhando diretamente nos olhos da serpente, disse: “Você me queria? Essa é à hora!”. Aparentemente nada ocorreu.Strahd via o desespero do grupo, e ria. Não havia inimigos a sua altura, ele pensou e, dessa vez, o erro grave foi dele.
Preparado para dar um fim em Ligedas, Strahd lançou mais uma vez suas energias negras. O tiro foi certeiro, mas o resultado não exatamente o esperado. O Elfo Negro absorveu a força sombria, transformando-a em algo nefasto. Uma figura de serpente gigantesca, feita da própria escuridão, surgiu em volta de seu corpo inerte. O pedido de Ligedas não passou despercebido. O Avatar de Kipputyto fora conjurado.
Definitivamente Strahd não esperava por isso e um olhar de surpresa estampou seu rosto. A batalha começou. Duas grandes forças do mal se enfrentavam num verdadeiro show de horror. Certamente a maior demonstração de poder que os heróis jamais viram. Eles só podiam esperar o vitorioso. Strahd claramente levava a pior, nem mesmo ele era páreo para Kipputyto. No fim do combate o Lorde do Ravenloft de joelhos no chão, sentindo a mão da Deusa em sua garganta, olhava incrédulo para seu algoz. Não podia fazer nada além de fugir. Transformou-se em gás e desapareceu por trás de uma das paredes da sala.
Ireena estava livre do encantamento. Todos se aproximaram assustados com o que acabaram de ver. Após uma breve calmaria, uma voz estrondosa e demoníaca encheu o salão:
- "Onde está o Príncipe dos Necromânticos?"
- Ele está morto!
- Impossível!! Digam-me, onde ele está.
- Deixe-nos pegar o corpo e você verá.
- Tragam-me o Príncipe dos Necromanticos.
Entraram todos na ante sala para decidir o que fazer. Ireena tentou atravessar o salão de baile e chegar à capela onde se encontravam os corpos de Eliael e de Ashtray, mas foi impedida pela Deusa que repetia a mesma frase sem parar:
- Onde está o Príncipe dos Necromânticos? Vocês têm 5 segundos para trazê-lo ou todos vocês pagarão... 5...4...
- Corram!!!! - gritou Ireena, voltando e passando rapidamente por seus amigos.
A energia sombria de Kipputyto se espalhava por todos os lados, como um câncer, perseguindo-os. Liderados por Emil, correram desesperadamente o mais rápido que puderam, atravessando escadas, quartos e corredores até o salão principal do Castelo no andar térreo.
Estátuas de gárgulas e pequenos dragões de pedra enfeitavam o ambiente. Um deles foi usado como aríete contra o portão principal, por Sanmar e Ireena, permitindo que alcançassem a área externa da grande construção. A Capela ainda estava longe, e Kypputito mais perto. Cruzaram todo o pátio finalmente chegando ao destino, mas era tarde. Kypputito balançava o corpo inerte de Ashtray no ar:
- Esse não é o Príncipe dos Necromanticos! Onde está ele?!?
Todos se entreolharam espantados.
- Não entendemos. Esse é o Príncipe!
Sem saberem o que fazer apontaram para Eliael, morto e largado em um canto.
- Ele está ali!
A Deusa do Mal por um instante pousou o olhar sobre o corpo.
- Levante-se!
Eliael - o verdadeiro “Príncipe dos Necromânticos” – foi revivido pela Deusa das Serpentes. O Clérigo acordou de mais um de seus pesadelos com Ligedas e a Serpente, pelo menos era isso que achava. Olhou espantado para a figura e reconheceu imediatamente a Face do Mal. A voz tenebrosa voltou a falar diretamente ao seguidor de Kelemvor.
- Avise para sua ascendência que eu virei cobrar o que eles me devem, antes do que esperam!
A energia negra se dissipou e o corpo de Ligedas caiu desacordado no chão, ao lado do cajado. Sanmar tratou de chutar o item para longe, no meio dos arbustos.O Jovem acordou claramente enfeitiçado, implorando por seu “amado cajado” e ignorando seu companheiro revivido.
Eliael através de suas graças conseguiu amenizar o desespero do rapaz, que ainda assim perguntava sobre o objeto.Decidiram voltar para o escritório passando pela entrada principal. Dessa vez as estatuas de pedra se mexeram e um novo combate começou. Os inimigos eram fortes. Socos e breaths foram dados. Não havia motivo para enfrentá-los. O grupo evitou o combate e seguiu para seu destino, deixando a batalha para trás.
Chegando novamente no pequeno quarto, dessa vez sem inimigos, puderam vasculhar com calma os papeis e armas. Encontraram mágicos: três papiros (break enchantment, Resurgence e ..........), uma grestsword e uma chainshirt.. Sanmar fez questão de conferir o trono de Strahd, não encontrando nada. Estranhamente ele estava virado para a parede do fundo do salão. Ligedas procurou alguma passagem secreta no lugar, inicialmente nada achou, mas com a ajuda de Jorska uma porta se abriu.
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